06 novembro 2011

Jornal aborda o surgimento de bares temáticos através de consulta a Tatics


A Tatics foi mais uma vez consultada em matéria veiculada no caderno de esportes do Jornal O Povo. Depois de explorar recentemente a questão da mudança frequente dos patrocínios nas camisas de alguns times brasileiros e do uso do twitter no meio esportivo, desta vez o jornal cearense abordou a tendência de surgimento de bares temáticos ligados ao futebol na cidade de Fortaleza.

A reportagem foi publicada na edição do sábado, dia 5 de novembro. Dentro do destaque ´Bate Pronto`, o repórter Bruno Formiga entrevistou Evandro Ferreira Gomes, sócio-diretor da Tatics e especialista em Marketing Esportivo, e escreveu sobre as perspectivas desse tipo de negócio. Confira a entrevista na íntegra:

O POVO:  Onde esses bares podem errar? E onde podem acertar?

EVANDRO: Eles podem acertar no momento em que conseguirem garantir para o público-alvo um ambiente onde efetivamente se respire futebol como produto principal, seja na decoração, na programação de jogos ao vivo na TV, loja de souvenir, no bate-papo entre os frequentadores e, principalmente, na memorabilia do local com itens que aumentem a percepção de valor dos clientes. É bom que o cardápio também seja temático e com pratos interessantes. Obviamente, não pode faltar cerveja bem gelada. Os bares podem errar quando não apostarem na manutenção desse mix. A ausência de um desses itens pode gerar a sensação de que falta alguma coisa para o local.

O POVO: O Ceará tem potencial para receber bem esse tipo de empreendimento?

EVANDRO: Sem dúvida que tem. Fortaleza já pode ser considerada uma metrópole em franca evolução. Há pelo menos duas décadas tem aumentado o número de pessoas de outros estados que têm vindo morar na cidade e isso tem mudado o perfil do local. Da mesma forma, é cada vez mais comum o Fortalezense ir para outros centros, até no exterior, e depois retornar. Essas transformações garantem aos poucos um caráter cosmopolita para Fortaleza e geram-se oportunidades de negócios em várias segmentos. Bares são opções de entretenimento, que é uma das áreas que mais cresce como indústria criativa na cidade.

O POVO: É melhor tentar focar no "apaixonado pelo jogo" ou no "apaixonado pelo time"?

EVANDRO: Eu apostaria no apaixonado pelo jogo, pois pode garantir um número maior de adeptos de todas as referências clubísticas. Focar num bar temático de um time específico limita bastante o público-alvo. Não que seja uma má ideia, mas é um perfil diferente de negócio. Já houve casos de insucessos em Fortaleza nesse sentido. Quando se aposta no Futebol como tema, abre-se um leque de vertentes a serem exploradas muito amplo, seja com times nacionais ou até internacionais, que cada vez fazem mais parte da vida do público jovem por força das tvs por assinatura, de um mundo pós-globalizado, Internet, etc.

O POVOQual o melhor exemplo que você conhece de algo parecido com isso?

EVANDRO: Fui a um bar em Glasgow, na Escócia, que reunia as duas torcidas principais da cidade, o Celtics e o Glasgow Rangers. Era rico em história e memorabilia das duas equipes. No Brasil, tem o São Cristóvão, na Vila Madalena, em São Paulo, também rico em memorabilia, fotos, ponto de encontro de gente ligada ao futebol e itens de camisas retrô dos principais times do futebol brasileiro à venda.

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